segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sonho da madrugada entre os dias 03 e 04 de Abril

Esta noite sonhei com o teatro Grande Otelo. Eu passava com amigos em frente ao prédio e o encontrei sendo depredado. Pessoas – meninos, jovens, senhoras e senhores de terno e gravata – arrancavam pedaços do prédio, quebravam vidros com tacos e pedras, corri até um homem que terminava de destruir uma pilha de elipsoidais, perguntei se ele sabia o que estava fazendo e ele simplesmente me olhou com desdém e saiu andando. Eu, abraçado a um dos elipsoidais, atônito, não conseguia entender nada daquilo.
Parti em direção ao prédio a fim de entrar e ver o que acontecia lá dentro. Às portas visualizei um luxuoso saguão que não condizia com a imagem que eu esperava encontrar. Lá dentro mulheres passeavam curiosas, a passos lentos. Não ousei penetrar o espaço, e mesmo quando tinha impulsos de fazê-lo era repelido por alguma força estranha. Percebi, por detrás de uma parede interna, a ponta de um caixão encoberto por flores. Alguém era velado. Foi quando algo acertou com força minha cabeça. Uma pedra. Eu estava entre o luxuoso velório e a violenta depredação. Comecei a bradar contra aqueles que tinham pedras e paus nas mãos e eles, se acalmando, debochando riam de mim e me contavam que estavam sendo patrocinados para fazerem aquilo. Um restaurante os patrocinava. Um deles me passou um cartão, onde dizia que eu não era bem vindo para me alimentar naquele lugar.
Ignorei. Peguei o telefone e tentei telefonar para a secretaria de cultura da cidade. Ela me atendeu e com a voz calma e mansa me dizia para me acalmar, que estava tudo bem, que as coisas eram assim mesmo, que tudo ia se resolver...
Acordei quando algo muito forte como uma explosão, ou implosão, me empurrou para longe do teatro, me jogando contra os carros e árvores estacionados do outro lado da rua.

S.Giacomelli

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